segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

TE MATEI DENTRO DE MIM


Achei que aquela dor fosse
durar para sempre,
de tanto que doía.
Não era dor física,
daquelas que a gente põe
a mão pra amenizar.
Era dor de amor.
Não tive a sorte
de um amor tranqüilo.

Sentia o coração
sendo rasgado, em finos
trapos, bem devagarinho.
Doendo...
Rasgando...
Ferindo...
Sangrando...

E a cabeça só lembrava:
você.
O chão que
me faltou aos pés era
o buraco em que
eu queria me enterrar.
Mas queria viver!
Viver pra te
ensurdecer de tanto gritar
eu te amo, explodir meus
pulmões de tanto chorar,
me matar pra ver se
te matava, te matar
pra ver se renascia.

Eu sorria quando tu
sorrias, eu chorava quando
tu choravas.
No fundo, só queria te fazer
sentir aquilo que eu sentia,
te sobreviver do meu amor.

Quantas vezes quis
abrir teu peito, te
arrancar o coração e
colocar o meu no lugar.
Toma!
Experimenta me
amar como eu te amo.
Toma!
Quantas vezes
quis rasgar meu peito, te
tirar lá de dentro e dizer:
Vai!
Segue teu caminho e
esquece que eu existo, já
não te preciso mais!
Me venci.
Te matei em mim.

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