terça-feira, 24 de abril de 2012

MADRUGADA


O sopro da eternidade assombra-me nas horas em que morro lentamente...
A dor perde o sentido num guincho aguçado, que se espalha pelo meu corpo afora.
A sensação de que nunca se morre nem nunca se vive...
Nunca se é nada, senão um corpo automatizado e sem vontade própria.
O peso dos olhos já não se faz sentir.
Deitada como se num caixão estivesse, fito a brancura matinal do teto com olhos cansados... ao som de uma amanhecer oferecido pela insónia.

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