terça-feira, 29 de maio de 2012

FRIA MADRUGADA


Observando a imensidão estrelada
A luz do luar estou a admirar.
Hoje,nesta fria madrugada
Estava eu a filosofar.

Nesta escuridão já tardia
Meu espírito chora, em desalento.
No momento em que meu seio ardia
Senti o gosto amargo das lagrimas garganta adentro.

Fico me perguntando
Irá isso durar quanto tempo?
Meu corpo já não está agüentando
Mas minha alma não se cansa do sofrimento.

Meu espírito sofre, alienado
Na calada da noite escondido.
Meu coração está em fadiga acelerado
Minha alma corre à procura de um abrigo.

Minha esperança já esvaecida
Conduz-me a um templo solitário.
Minha vida já quase falecida
Segue rumo ao morno silêncio transviado.

Eu chorei, e as lagrimas secaram
Tudo o que me resta é meu sofrimento
Fechei os olhos, as forças acabaram
Vivo nas trevas infernais de meus pensamentos.

Pensamentos tristes, negras imagens
Em breve cobrir-me-ão as frias terras.
Partirei para minha longa viagem
E contemplarei eternamente o silêncio envolto em trevas...

Um comentário:

  1. Que extraordinário, quando eu leio estes teus versos eu fico a imaginar que tu és a unica pessoa a compreender o meu coração e que então escreves estes poemas para mim, mesmo que não seja assim, seus poemas são muito lindos, e este me foi especial.

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